CINDERELA
Na versão dos Irmãos Grimm, uma das irmãs más da Cinderela corta os dedos dos pés e a outra o calcanhar, para que ambos possam se encaixar no minúsculo sapatinho de cristal. O príncipe é notificado por pombinhas que há sangue no sapato, finalmente, descobrindo que ele pertence a Cinderela. Para deixar a coisa ainda mais maquiavélica, a Rainha Cinderela convida as “fofas” para a cerimônia de seu casamento para se vingar, enviando pássaros para arrancarem seus olhos. Moral da história: trate bem as pessoas, pois o mundo dá voltas e você pode se ferrar.
A PEQUENA SEREIA
O conto que inspirou a história é mais cruel: se Ariel falhar ao conquistar seu amado ela morre! Além disso, a sereia dos antigos contos tinha intenções maiores que seu amor platônico. Ela queria conquistar a alma eterna, coisa que somente seria possível se ela fosse humana. Ariel falha, não consegue se casar com o príncipe e acaba morrendo, virando espuma do mar. Moral da história: não venda a sua alma ao diabo, nem mesmo em nome do amor. O cara pode encontrar outra novinha e deixar você na mão.
A BELA E A FERA
A história mais construtiva da Disney, que ensina a amar as pessoas por sua beleza interior, tinha um final bem menos educativo. Bela, na verdade, possuía duas irmãs más que não queriam vê-la se dando bem. Por isso, elas a convidam para passar uns tempos na sua antiga casa de campo, mas a Fera não gosta muito da ideia. Acaba permitindo que Bela passe apenas uma semana. O que acontece? Bela fica mais tempo do que deveria, incentivada por suas irmãs invejosas. A Fera fica furiosa e resolve devorar Bela no jantar. Moral da história: no fundo todo mundo é mal, não confie, totalmente, nas pessoas e saiba que a inveja mata.
A BELA ADORMECIDA
No conto de Giambattista Basile (que é a verdadeira origem da história), um rei tenta entrar no castelo da Bela Adormecida, mas não consegue, já que ela dorme profundamente. Ele decide pular pela janela e adentra seu cômodo onde a encontra inconsciente. Bem, caro leitor, o que ele decide fazer? Quase como na necrofilia, ele estupra a princesa adormecida e, simplesmente, vai embora! Ela desperta depois de dar à luz a gêmeos. O rei, apesar de ser um estuprador, reencontra a princesa e eles acabam se apaixonando(?!). No entanto, há um grande problema: o rei é casado com outra pessoa, que descobre o adultério e quer matar os coitados dos gêmeos. Claro, como toda mulher traída, ela também quer vingança e tenta queimar a princesa na fogueira. Felizmente, ela não teve êxito. O rei e a princesa estuprada se casam e vivem felizes para sempre. Moral da história: o amor pode surgir das formas mais estranhas, homens podem ser muito machistas e mulheres vingativas.
Branca de neve
Bom, todos devem lembrar que, no filme da Disney, a rainha má pede ao caçador que mate Branca de Neve, e traga como prova do feito o coração da moça. Ok. No original, o coração – e, em muitas variações, os pulmões, rins, e outros órgãos internos – devem ser trazidos para que a rainha coma-os. Eca!Um dos momentos mais românticos da história que conhecemos é quando o príncipe acorda Branca de Neve com um beijo de amor verdadeiro. Mas, originalmente, ele coloca a moça desfalecida em seu cavalo, para levá-la ao castelo – e ela acorda com o trotar do animal. O que o príncipe gostaria de fazer com o cadáver de uma bela moça dispensa comentários.E um último detalhe que não podemos ignorar é o destino da vilã. Na versão original, ela é submetida a um tratamento digno de um dos filmes deJogos Mortais: fazem ela dançar até a morte, calçando sapatos de ferro em brasa.